Agora, praticamente no fim da obra, faz-se um retrocesso para perceber o antes e o depois da reabilitação. As fotografias falam por si! Fotografias de Rodrigo Tavarela Peixoto.
Diário de Obra
Agora, praticamente no fim da obra, faz-se um retrocesso para perceber o antes e o depois da reabilitação. As fotografias falam por si! Fotografias de Rodrigo Tavarela Peixoto.
No passado sábado, dia 21 de Abril, realizou-se a visita à obra das Casas António Carneiro. A visita foi muito concorrida (aproximadamente 50 pessoas) e queremos aproveitar para agradecer a todos que demonstraram interesse em conhecer o nosso trabalho. Em baixo algumas fotografias.
Em António Carneiro fazem-se os autos finais e limam-se as arestas.
Seguem em baixo algumas fotografias da obra quase concluída.
Através da fotografia acima identificada como fachada norte – pormenores consegue-se verificar o resultado das grades de ferro recuperadas assim como os painéis de azulejos.
Em breve mais fotografias do interior…
Na nossa Oficina de Arquitectura temos orgulho no que fazemos. O património não se esgota na sua dimensão arquitectónica e é dever dos técnicos e investidores estarem atentos a outras expressões patrimoniais como é o caso dos fundos documentais e demais parafernália relacionada com a actividade quotidiana das pessoas, das famílias e das empresas. No arranque de qualquer projecto de reabilitação é conveniente fazer o trabalho de casa, procurando contextualizar em termos históricos e sociais o edifício que será alvo de intervenção e, sobretudo, é obrigatório passar a pente fino todos os sótãos e caves desses edifícios porque os papéis aí esquecidos raramente são entulho! (sobre este assunto, link)
À medida que a obra se aproxima do fim, os contornos vão ganhando forma e os pormenores anteriormente apenas imaginados vão-se materializando à frente dos nossos olhos. A luz agora é muito mais intensa e faz o espaço crescer.
Os alçados têm sido a preocupação principal nestes últimos meses. Como é de verificar através das fotografias, conclui-se todos os pormenores.
O portão principal também já está recuperado. Está à espera da pintura.
As varandas também estão quase prontas.
A fachada tardoz também está em fase de conclusão.
Foram aproveitadas as ferragens para o funcionamento das portas das varandas. Serão recuperadas e mantidas.
E o resultado final está quase à vista…
Estamos neste momento a concluir a fachada tardoz, nomeadamente no que refere às instalações das caixilharias exteriores, revestimentos das fachadas, entre outros. Em baixo seguem algumas fotografias dessa fase.
Pode se verificar o revestimento das paredes das escadas a aplicação dos azulejos existentes. Estes foram retirados, recuperados e aplicados novamente com argamassa de cal. Também foi aplicado os soletos de ardósia conforme o existente. O resultado está a vista.
Estão também a ser montados os roupeiros nos quartos.
O piso das águas furtadas da casa 4 também está a ser concluído.
No passado dia 06 de Dezembro, estivemos presente no Seminário Sustentabilidade das Operações de Reabilitação Urbana, organizado pela Porto Vivo SRU, com uma apresentação intitulada Criatividade VS Regulamentação. Foi apresentado dois casos práticos – Casas António Carneiro e Edifício dos Lóios. A comunicação já está online em pdf aqui. As restantes podem ser vistas aqui.
“Neste programa do Porto em Conversa falei com Adriana Floret sobre a reabilitação urbana no Porto, as diferenças entre reabilitação e construção nova, as Casas de António Carneiro e a segunda edição das Jornadas de Arquitectura Sustentável.
Duração Total: 35:00
Podem descarregar o programa directamente ou subscresver o podcast.
Começamos por falar um pouco do estado da reabilitação no Porto e a dinâmica que a SRU veio introduzir, e que tem pelo menos o mérito de se falar cada vez mais de reabilitação.
No entanto a reabilitação não é para apressados até porque, como referiu Adriana Floret,para além da reabilitação física dos edifícios e do espaço público, esta reabilitação deve ser “uma reabilitação quase social e económica”.
A propósito da estratégia da SRU de apostar na unidade quarteirões como unidade mínima de reabilitação, Adriana Floret referiu que embora compreenda alguma da argumentação que justifica esta facto, “a aposta nos quarteirões não faz sentido se o plano elaborado não tiver em conta os quarteirões que os circundam”.
Também a questão do agrupamento de edifícios que esta estratégia normalmente obriga é vista com potencialmente criticável na medida em que “os edifícios do Porto são edifícios que têm características muito próprias (…) que com o agrupamento de vários edifícios se perdem, um edifício não tem qualidade arquitectónica só pela fachada mas pelo todo”.
Falamos depois das diferenças entre reabilitação e construção nova, quer ao nível das diferenças no processo quer no que diz respeito a características inerentes à reabilitação como por exemplo o facto de ”nem sempre em reabilitação se consegue atingir o mesmo nível de conforto que a construção nova”.
Abordamos depois a questão das competências necessárias para o desenvolvimento destes projectos de reabilitação. Na opinião de Adriana Floret para além de dominar algum conjunto de especificidades é também importante gostar e ter sensibilidade para esse tipo de projecto.
Um projecto que conjuga quer competências mais avançadas, por vezes resultado de interacção com faculdades, quer competências mais tradicionais por exemplo de carpintaria ou trabalho de ferragens.
Finalmente, e porque Adriana Floret é uma das responsáveis pela organização das Jornadas de Arquitectura Sustentáveldo Núcleo do Porto da Quercus, falamos da motivação para a criação deste evento e da evolução que sentiu nesta área desde a primeira edição em 2008 para a edição deste ano.
De referir que as próximas sessões desta 2ª edição das Jornadas de Arquitectura Sustentável se vão realizar nos próximos dias 23 de Outubro e 27 de Novembro abordando os temas “materiais e tecnologias sustentáveis” e “cidades sustentáveis” respectivamente.” Retirado do site do Porto em Conversa.
Com o andamento da obra podemos ver a aplicação do soalho. Sobre o ripado foi aplicado impactodan de modo a reduzir o ruído de impacto. Fotos em baixo.
Uma vez que a madeira de carvalho altera as suas dimensões de acordo com a humidade e temperatura, foi deixado espaços por aplicar soalho de forma a prevenir problemas no futuro.